SANTA
CRISTIANA
A vida de Santa Cristiana é um grande testemunho de que nada é
coincidência, mas tudo é providência. Os Georgianos consideram-na o instrumento
providencial da sua conversão.
Ela era uma escrava que vivia na Grécia nos princípios do século IV.
Teria sido levada cativa para essa terra por guerreiros vitoriosos ou teria lá
procurado voluntariamente asilo, fugindo da perseguição que se desencadeara na
sua pátria? Ninguém sabia qual era sua verdadeira origem; só a conheciam pelo
nome de Cristiana ou Nina (cristã). Era humilde e caridosa e fazia-se estimar.
Quando alguma criança caía doente
nessas regiões, a mãe levava-a de porta em porta, a fim de consultar as
vizinhas sobre os melhores remédios a aplicar. Um dia, foi ter com ela uma
pobre mulher, levando nos braços um menino moribundo. Ao vê-lo, a santa, cuja
memória a Igreja celebra hoje, disse: “Eu não posso fazer nada, mas
Deus Todo-Poderoso pode restituir-lhe a saúde, se for essa a Sua vontade”. Deitou
o moribundo no seu próprio catre, cobriu-o com o seu cilício, orou a Deus em
nome de Cristo e, a seguir, restituiu à mãe o filho curado.
A fama desse milagre chegou aos
ouvidos da rainha da Geórgia, que estava prestes a morrer de uma doença
desconhecida. Pediu ela que lhe chamassem Nina, mas esta, cuja inocência já
tinha corrido muitos perigos, respondeu: “O meu lugar não é em palácio”. Foi
então a rainha ter com a escrava e recuperou a saúde. Tanto ela como o rei
Mirian quiseram recompensá-la com ricos presentes, mas Cristiana os recusou
dizendo: “A única coisa que me faria feliz seria ver-vos abraçar a religião
cristã”. Mirian levou muito tempo a tomar essa decisão, mas um
dia, correndo grave perigo numa caçada às feras, prometeu que, se escapasse
ileso, se tornaria cristão. Sabe-se efetivamente que, cerca do ano de 325, ele
pediu a Constantino que lhe enviasse missionários. O Imperador enviou-lhe o
Bispo Pedro e o Sacerdote Jacob, que batizaram “todos os habitantes da sua
capital”, lançando assim os fundamentos do Cristianismo nesse país.
Santa Cristiana, rogai por nós!
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