“Que todos sejam um só... para
que... o mundo creia que Tu Me enviaste”.
No caminho ecumênico para a unidade, a primazia
pertence, sem dúvida, à oração comum.
Se os cristãos, apesar das suas divisões, souberem
unir-se cada vez mais em oração comum ao
redor de Cristo, crescerá a sua consciência de como é reduzido o que os divide,
em comparação com aquilo que os une.
Se se encontrarem sempre mais assiduamente diante
de Cristo na oração, poderão ganhar coragem para enfrentar toda a dolorosa
realidade humana das divisões, e reencontrar-se-ão juntos naquela comunidade da
Igreja que Cristo forma incessantemente no Espírito Santo, apesar de todas as
debilidades e limitações humanas.
A comunhão na oração induz a ver com olhos novos a
Igreja e o cristianismo.
Com efeito, não se deve esquecer que o Senhor
implorou do Pai a unidade dos Seus discípulos, para que servisse de testemunho
à sua missão e o mundo pudesse acreditar que o Pai O tinha enviado (cf Jo
17,21).
Pode-se afirmar que o movimento ecumênico teve
início, em determinado sentido, na experiência negativa daqueles que, anunciando
o único Evangelho, se reclamavam cada qual da sua própria Igreja ou comunidade
eclesial: uma contradição que não podia passar despercebida a quem escutava a
mensagem de salvação e que nisso via um obstáculo para acolher o anúncio
evangélico.
Infelizmente, este grave impedimento não está
superado.
É verdade! Não estamos ainda em plena comunhão. E
todavia, não obstante as nossas divisões, percorremos o caminho para a plena
unidade — aquela unidade que caracterizava a Igreja Apostólica nos seus inícios
e que nós procuramos sinceramente; prova-o a nossa oração comum, guiada pela
fé. Nela, reunimos-nos em nome de Cristo que é Um. Ele é a nossa unidade.
Beato João Paulo II Encíclica “Ut unum sint” (Que
todos sejam um)
Pedro Arfo
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