O amor
é um bem verdadeiramente inestimável que por si só torna suave o que é difícil
e suporta sereno toda a adversidade. Porque leva a carga sem lhe sentir o peso
e torna o amargo doce e saboroso.
O amor
é generoso, inspira grandes ações e nos excita sempre à mais alta perfeição. O
amor tende sempre para as alturas e não se deixa prender pelas coisas
inferiores. O amor deseja ser livre e isento de todo apego mundano, para não
ser impedido no seu afeto íntimo nem se embaraçar com algum incômodo.
Nada
mais doce do que o amor, nada mais forte, nada mais delicioso, nada mais
perfeito ou melhor no céu e na terra; porque o amor procede de Deus, e em Deus
só pode descansar, acima de todas as criaturas.
O amor
vigia sempre, e até no sono não dorme. Quem ama, voa, corre, vive alegre, é
livre e sem embaraço. Dá tudo por tudo e possui tudo em todas as coisas, porque
sobre todas as coisas descansa no Sumo Bem, do qual dimanam e procedem todos os
bens.
Não
olha para as dádivas, mas eleva-se acima de todos os bens até Àquele que os
concede. O amor muitas vezes não conhece limites, mas seu ardor excede a toda
medida.
O amor
não sente peso, não faz caso das fadigas e quer empreender mais do que pode;
não se escusa com a impossibilidade, pois tudo lhe parece lícito e possível.
Por isso de tudo é capaz e realiza obras, enquanto o que não ama desfalece e cai. Nenhuma fadiga o cansam nenhuma angústia o aflige, nenhum temor o assusta, mas qual viva chama a ardente labareda irrompe para o alto e passa avante. Só quem ama compreende o que é amar.
Por isso de tudo é capaz e realiza obras, enquanto o que não ama desfalece e cai. Nenhuma fadiga o cansam nenhuma angústia o aflige, nenhum temor o assusta, mas qual viva chama a ardente labareda irrompe para o alto e passa avante. Só quem ama compreende o que é amar.
Imitação
de Cristo – capítulo 5 do 3º livro
Pedro Arfo
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