Você
poderia me dizer se é normal sentirmos raiva (temporária) e/ou angústia por não
ter conseguido amar naquele momento?
A tua
indignação tem um valor profundamente evangélico. É amor destilado em gotas
pelo sofrimento do outro, particularmente aquele que nasce provocado pela raiva
e a angústia dos sofrimentos causados aos outros, seja ele em nível pessoal,
como você afirma, como: crianças, idosos, e até mesmos quaisquer minorias, envolvendo
comunidade inteira de pessoas inocentes e indefesas.
Todo e qualquer tipo de sofrimento é passível de ser rechaçado de maneira radical e absoluta. O catecismo da Igreja fala de legítima defesa e a apresenta como justa, inclusive o direito e o recurso a armas para se defender do agressor.
De fato, "bem-aventurado quem sofre por causa de justiça..." Ainda mais quando esse sofrimento é causado pela virulência e truculência de pessoas sem escrúpulos e que muitas vezes causam o sofrimento somente pelo fato de querer ver aquela pessoa sofrer e até mesmo tirando proveito do sofrimento alheio.
São João Maria Vianney O Cura de Ars, quando perguntado sobre o sofrimento dizia que em geral existem duas maneiras de sofrer: “Sofrer amando e sofrer sem amar. Todos os santos sofriam com paciência, alegria e perseverança, porque amavam.
Nós sofremos com raiva, despeito e tédio, porque não amamos. Se amássemos, seríamos felizes por poder sofrer por amor Daquele que aceitou sofrer por nós.
É duro? Não! É doce, é consolador, é suave: é a felicidade. A única coisa é que precisamos amar quando sofremos, e sofrer amando.
Purificam-nos.
Desapegam-nos deste mundo.
Retiram os obstáculos de seu coração e o ajudam a atravessar a vida, tal como uma ponte ajuda a passar pela água”.
Pedro
Arfo
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