quinta-feira, 15 de novembro de 2012

PRECIOSIDADE FRÁGIL

Você poderia me dizer se é normal sentirmos raiva (temporária) e/ou angústia por não ter conseguido amar naquele momento? 

A tua indignação tem um valor profundamente evangélico. É amor destilado em gotas pelo sofrimento do outro, particularmente aquele que nasce provocado pela raiva e a angústia dos sofrimentos causados aos outros, seja ele em nível pessoal, como você afirma, como: crianças, idosos, e até mesmos quaisquer minorias, envolvendo comunidade inteira de pessoas inocentes e indefesas. 

 Todo e qualquer tipo de sofrimento é passível de ser rechaçado de maneira radical e absoluta. O catecismo da Igreja fala de legítima defesa e a apresenta como justa, inclusive o direito e o recurso a armas para se defender do agressor. 

 De fato, "bem-aventurado quem sofre por causa de justiça..." Ainda mais quando esse sofrimento é causado pela virulência e truculência de pessoas sem escrúpulos e que muitas vezes causam o sofrimento somente pelo fato de querer ver aquela pessoa sofrer e até mesmo tirando proveito do sofrimento alheio.

 São João Maria Vianney O Cura de Ars, quando perguntado sobre o sofrimento dizia que em geral existem duas maneiras de sofrer: “Sofrer amando e sofrer sem amar. Todos os santos sofriam com paciência, alegria e perseverança, porque amavam.

 Nós sofremos com raiva, despeito e tédio, porque não amamos. Se amássemos, seríamos felizes por poder sofrer por amor Daquele que aceitou sofrer por nós.

 É duro? Não! É doce, é consolador, é suave: é a felicidade. A única coisa é que precisamos amar quando sofremos, e sofrer amando.

Aquele que vai ao encontro da cruz na caminhada no sentido contrário da cruz; talvez até as encontre, mas sente-se contente por encontrá-las: ama-las, carregá-las com coragem. 

Unem-nos a Nosso Senhor. 

 Purificam-nos.

 Desapegam-nos deste mundo.

 Retiram os obstáculos de seu coração e o ajudam a atravessar a vida, tal como uma ponte ajuda a passar pela água”.

Pedro Arfo

Nenhum comentário:

Postar um comentário