Santo Agostinho.
Sabemos
que todos nós somos modelados e lavrados, instante a instante, pelos
instrumentos do tempo.
Por
vezes de um modo tão delicado que nem sentimos como ele, irreversível, desliza
dentro e fora de nós. Por vezes, atormentando-nos claramente a sua voracidade,
sentindo-nos perdidos na sua enorme vertigem.
De
fato, tudo o que é humano é feito de tempo, mas a experiência que mais vezes
nos ocorre é a de não termos tempo. “Foi o tempo que perdeste com a tua rosa
que tornou a tua rosa tão importante para ti”, explicou a raposa ao
Principezinho.
Há uma qualidade de relação que só se obtém no
tempo partilhado. Por alguma razão, esse raro Mestre de humanidade chamado
Jesus, disse: “Se alguém te pede para o acompanhares durante uma milha, anda
com ele duas”.
Só
com tempo descobrimos tanto o sentido e a relevância da nossa marcha ao lado
dos outros, como o da nossa própria caminhada interior. Sem tempo tornamo-nos
desconhecidos. Sem tempo falamos, mas não escutamos.
Repetimos,
mas não inventamos. Consumimos, mas não saboreamos. É verdade que mesmo num
rápido relance se pode alcançar muita coisa, mas normalmente escapa-nos o
detalhe. E Deus habita o detalhe.
O
tempo de fato, é o grande senhor da história, da nossa historia e da história
do mundo. Infelizmente a história em geral é contada na visão dos vencedores,
onde toda a luta, sofrimento e angústia dos perdedores, não é considerada como
tempo da história do mundo dos homens.
Porém
para quem acredita em Deus Amor o tempo é o de Deus. Existe uma verdadeira
historia que é aquela de Deus com os homens, da encarnação do Verbo, que começa
com Adão e Eva passando por Abraão, Moises, Jacó, Jose, Maria... até 2013.
Pedro Arfo
Nenhum comentário:
Postar um comentário