domingo, 30 de dezembro de 2012

QUE FAZEMOS NÓS DO TEMPO?

Que é, pois o tempo? Se ninguém me pergunta, eu o sei; se desejo explica a quem o pergunta não o sei.


Santo Agostinho.

Sabemos que todos nós somos modelados e lavrados, instante a instante, pelos instrumentos do tempo. 

 Por vezes de um modo tão delicado que nem sentimos como ele, irreversível, desliza dentro e fora de nós. Por vezes, atormentando-nos claramente a sua voracidade, sentindo-nos perdidos na sua enorme vertigem. 

  De fato, tudo o que é humano é feito de tempo, mas a experiência que mais vezes nos ocorre é a de não termos tempo. “Foi o tempo que perdeste com a tua rosa que tornou a tua rosa tão importante para ti”, explicou a raposa ao Principezinho.

 Há uma qualidade de relação que só se obtém no tempo partilhado. Por alguma razão, esse raro Mestre de humanidade chamado Jesus, disse: “Se alguém te pede para o acompanhares durante uma milha, anda com ele duas”. 

Só com tempo descobrimos tanto o sentido e a relevância da nossa marcha ao lado dos outros, como o da nossa própria caminhada interior. Sem tempo tornamo-nos desconhecidos. Sem tempo falamos, mas não escutamos.

 Repetimos, mas não inventamos. Consumimos, mas não saboreamos. É verdade que mesmo num rápido relance se pode alcançar muita coisa, mas normalmente escapa-nos o detalhe. E Deus habita o detalhe.

O tempo de fato, é o grande senhor da história, da nossa historia e da história do mundo. Infelizmente a história em geral é contada na visão dos vencedores, onde toda a luta, sofrimento e angústia dos perdedores, não é considerada como tempo da história do mundo dos homens. 

 Porém para quem acredita em Deus Amor o tempo é o de Deus. Existe uma verdadeira historia que é aquela de Deus com os homens, da encarnação do Verbo, que começa com Adão e Eva passando por Abraão, Moises, Jacó, Jose, Maria... até 2013.

Pedro Arfo


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